segunda-feira, 16 de setembro de 2013

só Fé

Deus faz com que o solitário viva em família!
(Salmo 68:6)

domingo, 15 de setembro de 2013

Ana

Ana tinha um pedido:
Não queria estar só!

Ana tinha um problema:
Vivia sozinha... Na igreja, sempre acabava sentada sozinha! Na hora de ir ao banco, estava sozinha! No trabalho não tinha com quem conversar! Seu quarto era grande e solitário! Seus amigos andavam muito ocupados com a sua própria vida! O amor da sua vida estava muito ocupado se re-descobrindo pra notá-la!

O mundo estava rodando rápido e Ana precisava correr, mas sentia-se muito só pra correr! De vez em quando via alguém desanimando e corria só pra lhe dizer que ele não deveria desistir...
Ana era uma boa amiga. Mas sentia-se completamente sozinha, todos estavam ocupados demais pra pensar em ouvi-la.
E ainda lhe davam bronca quando ela se distraia e não rendia mais tanto na corrida.

Ana era sozinha!

Tinha um cachorro, mas era sozinha!
Cachorros lambem, mas não abraçam.

Tinha amigos, amigos ocupados e preocupados!
Era sozinha! Amigos assim abraçam, mas é para serem consolados e não para abraçar.

Tinha um amor, mas era só!
Tinha um amor que não a via, nem se lembrava dela sem que isso fosse pedido, não era considerada, nem se sentia importante... Ela amava, mas era sozinha!

Ana era sozinha em sua solitude.

A solidão de Ana era só dela!

Ana era só Ana!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ela: Esperança

Ela era medrosa, era guerreira, era chorona, era durona... Ela era ela!
E com tudo que significava ser ela, prosseguia andando.
Ás vezes se revoltava com tudo o que significava ser ela e outras vezes se deliciava em ser-se!

Mas sua maior fraqueza era o amor.
Tinha uma necessidade absurda de sentir-se amada e não sabia bem o que fazer com essa carência toda. Queria alguém ao seu lado pra segurar sua mão e se orgulhar pelos seus feitos, mas só sentia que a vida era um mar de solidão, não havia ninguém que lhe abraçasse e dissesse o quanto ela era especial por tudo o que fazia... Então, às vezes ela se irritava e queria jogar tudo pro alto.

Não havia ninguém ali do lado, o abraço andava vazio e a mão estendida no ar... Ás vezes ela tentava segurar sua própria mão e se abraçar, e isso só aumentava o buraco. Era um vazio impreenchível. Tudo que ela sempre pediu foi amor, mas não deu, não deram, não teve, acabou, bem na vez dela. Paciência!

Recomeçar...
Todo recomeço exige um fim. Mas quando ela não sabe o que levar na bagagem e o que deixar pra trás fica difícil começar de novo. Esse "re" ai na frente vira uma confusão, porque não se sabe onde é que se começa de novo, onde é que está o inicio no meio... É meio quando se recomeça, não é?!

Ela iria se casar em poucos meses.
Iria, passado! Não vai mais!
E agora (talvez) vá se casar em dois, ou três, ou sete, ou dez, ou vinte anos... Como saber?
"-Não é pra agora!" ouviu ela. E soube então que teria que se reestruturar sozinha, sem planos e panos de prato. Sem expectativas. Sem mãos dadas e abraços. Sem planos de futuro. São só explanações para um futuro distante!!! Não é pra agora!

Existem coisas mais importantes a serem resolvidas agora! O amor vem depois!
Os planos virão depois! Vamos esperar!
Eles virão! Não é?!

Não é pra agora! Vamos esperar!

Ela vai esperar! Até que canse e decida ir de mãos dadas consigo mesma pra longe.
Ela vai esperar... Nada pode acontecer na espera, não é? É só o tempo passando. E passando, e passando, e passando, e passando...

Ela vai esperar!
Ela sempre espera!
Sempre esperou!
Pra sempre esperará!

Ela está na torre mais alta... esperando!

-Esperança, é você?
-Estou aqui! Te esperando!