terça-feira, 18 de maio de 2010

Imersa em mim - só, em mim!

No princípio era a poesia. 
No cérebro do homem só havia imagens... 
Depois vieram os pensamentos... 
E por fim a Filosofia, que é, em última análise, 
a triste arte de ficar do lado de fora das coisas. 
(Quintana)

Porque agora eu assumo tudo, faz bem pra mim.
Dizer.
Não fingir ou ignorar.
Ser-se! (já dizia Clarice)

Eis-me aqui...
Sendo eu!
Bem no centro de mim
Centrada
Sentada na ponte
Perene
Debruçada sobre mim.
Me olhando
Sendo muito sincera comigo e com tudo
Em paz com os fatos, com os atos
Com a vida.
Isso não significa: aprovação.
Significa somente: continuo achando o mesmo, só que agora isso não me afeta tanto.
Não retiro nada do que disse antes
Mas mudo minha postura
Endireito-me
E volto a olhar em direção ao sol

Sol!

Sem firulas, ou falsas desculpas
Se não quero, não faço, não digo, não abraço
Não vou fingir, nem dissimular nada
Prefiro a verdade escancarada, sempre!
Ainda tem muita coisa ali... passando em baixo da ponte
Mas eu não quero mais descer pra ver


As coisas servem pra gente poder se ver melhor, se espelhar - se olhar no espelho
Dizer: -ah, para! Não é tudo isso mesmo.

E tá sendo bem mais fácil do que eu achei que seria.
To tranquila
Era menos do que eu imaginava...
Acho que minha vã filosofia sobre as coisas me enganou
Mas ok, agora já to vendo com nitidez tudo de novo.
E me espanto
Porque não dói?
Porque é tão fácil?
Porque eu não to desaguando?
Porque não foi correnteza tão forte
Foi só marola
Foi só o susto pela água sem direção invadindo a praia
Marola
Que passou, derrubando alguns galhos
Mas passou
E eu fiquei
Deixa assim ficar
Fica a beleza da areia molhada
E só.


Fase2 - estar consigo!

Nada como um dia após o outro! ; )


...

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