Acho que eu não queria crescer.
Eu descobri em mim muitas coisas; algumas lindas, viscerais; outra feias, animais.
Sei que não sou boa em mentir, nunca fui e acho que nunca serei. E até achava isso bom, mas ultimamente queria uma cortina neutra que cobrisse minhas inseguranças... Essas que de repente descem sobre a minha cabeça e me roubam a paz. Descobri que quanto mais adulta você se torna, mais medos você tem...
Percebo que não gosto de me repetir e não gosto de me ver como mais uma da serie ilimitada de produtos na sociedade, não gosto de me sentir algo substituivel, mas aprendo que no final das contas todos somos substituiveis!
É... eu não acredito mais em contos de fadas! Mas queria muito acreditar de novo. Faria tudo pra ver uma voando livre pelo jardim.
Acho que todas as noites deveriam ser de sonhos e não só as de verão.
Eu queria acreditar que tudo vai dar certo no final. Mas hoje - e espero que só hoje - eu questiono os finais felizes. Questiono a vida... Questiono essa minha necessidade absurda de viver questionando tudo.
Queria poder me pegar pelos braços, sacudir-me e dizer:
"-Viva, apenas viva! Deixe pra pensar sobre depois".
Mas sempre que tento voar, vem algo e me lembra onde fica o chão.
"Tem dias que eu fico pensando na vida e sinceramente não vejo saída... Sei lá, sei lá,
A vida é uma grande ilusão. Sei lá, sei lá. Eu só sei que ela está com a razão...
Sei lá, sei lá. Eu só sei que é preciso paixão..."
Na vitrola: Sei lá - "a vida tem sempre razão" -
(Tom Jobim e Chico Buarque)
Sei lá... Sei lá... Sei não!
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