Hoje acordei cedo, era cerca de 11h30 da manhã. Manhã?
Enfim, merecia. Fui dormir as 3h e tanto. Consegui entrar no mundo dos sonhos lá pelas 4h.
Insônia? Não, não! Eu tinha muito sono, o que não tinha era a capacidade de me desligar pra conseguir dormir. Ás vezes chegava a não pensar em nada, ficava parada olhando pro nada, mente vazia, espinha em forma fetal e o edredon entre as pernas. E de repente vinham as ondas. Tanta coisa a se pensar e nenhuma vontade de pensar sobre nenhuma delas.
Desliguei a Tv, respirei fundo e dormi.
Acordei as 8h 30 e decidi que o mundo não precisava de mim tão cedo, voltei a dormir, e depois só acordei as 11h 30 porque o mundo tinha marcado comigo as 15h do outro lado da cidade.
Então, hoje fiquei num raro momento de solidão e silêncio, entre uma coisa e outra, aproveitei, abri meu caderno e me perguntei:
O que eu quero?
Fiquei longos e intermináveis minutos olhando as folhas em branco...
Não conseguia escrever nada.
Não sei o que quero! Tenho mil possibilidades em vista, mas não consigo colocá-las no papel, não consigo optar.
Elas somem diante da possibilidade de se fixar, de ser!
Então, simplesmente não sei...
E me sinto assim, com uma tremenda dor de cabeça e o braço esquerdo queimando de novo...
Nunca bebi, acho que deve ser assim que alguém se sente depois de tomar um porre, não há como se decidir por nada. A vida tem sido uma ressaca nesses dias. E hoje, especialmente, não teve engov que desse jeito.
Tá tudo pesado...
Adoraria poder molhar os pés no mar e esquecer do mundo, só por hoje. Amanhã eu escolheria. Com os pés molhadas eu saberia o que escolher... Não saberia?
(Gislaine Pereira)
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