Tudo é tão diferente de como era quando eu era pequena, mas ainda é tudo igual.
Fora aquele primo que triplicou de tamanho, e não ficou bonito - ficou bonitissimo!
Ainda tem aquele tio engraçado e que não se adequa nunca as convenções familiares (ainda bem!).
Agente ainda chora quando alguém tá indo embora... até o tio engraçado chora. Agora a prima meio desmiolada já tem até descendente, mas continua desmiolada... E eu?
Bom, eu continuo ouvindo as mesmas coisas sobre mim... Sempre serei a "estranha", de um jeito ou de outro. Nem ligo mais... aliás essa é sempre a melhor saída: ignorar, ou então, puxar outro assunto. Sempre funciona!
A mesa tem que estar cheia.
As histórias borbulham de um lado e de outro.
Sabia que meu vô vivia cantando?
Eu não sabia.
Sabia que meu vô tinha genio forte e uma vez não foi socorrer minha vó, que tinha desmaiado, porque tava bravo com ela? (porque a vizinha vivia dando em cima dele). Sabia que minha vó falou "Puta merda" três vezes hoje no carro??? E ria parecendo criança com as palhaçadas do meu tio... E ele não levava nada a sério e no fim eu vi que ele era quem mais levava tudo a sério, e era quem mais tinha consciência da vida ao redor... Ele também chorou!
Eu amo demais minha família... e é bom poder viver esses (raros) momentos em que todo mundo se reune. Eu me lembro de quem eu sou e de como cheguei a ser assim... Tudo culpa deles (em partes).
Família italiana é assim: tudo é exagerado - o riso, a dor, o choro, o drama, a felicidade, as histórias, as piadas... Agente sofre mais, mas também é muito mais feliz!
Viva a imigração italiana!!!!
E Viva a imigração Alemã também! (justiça seja feita ao meu bisavô que veio de lá)
E viva os indios!!! (justiça seja feita a minha tataravó - mesmo que eu não tenha nada de india)
Viva a essas boas misturas!!!
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