terça-feira, 29 de junho de 2010

Vamos lá, tudo bem!

"Sempre precisei de um pouco de atenção. Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto... E nesses dias tão estranhos fica a poeira se escondendo pelos cantos. Esse é o nosso mundo. O que é demais nunca é o bastante. E a primeira vez é sempre a última chance. Ninguém vê onde chegamos. Os assassinos estão livres. Nós não estamos..."

Hoje escrevi uns dez textos diferentes, cheguei a criá-los inteiros - cheios de trocadilhos e "semi-verdades"... Apaguei-os todos! E agora, aqui em frente a essa tela eu me pergunto:
-O que quero dizer ao mundo?
Porque eu penso em um monte de coisas durante o dia todo, mas o que realmente importa para os outros?
Ás vezes tenho saudade de quando esse blog era só um lugar em que eu podia me contar sem medo, ultimamente meus post's tem rendido muitas leituras. Ás vezes sinto falta da solidão que abarcava meus textos. E ás vezes acho muito bom poder compartilhar esse monte de pensamentos que me povoam... Eu sou sempre o "ás vezes", sempre assim, desde que decidi tentar me conhecer por gente... Pense comigo, se meus textos são tão extensos, como serão meus pensamentos? GIGANTES!
Eu queria poder dizer tudo o que penso... E queria poder ficar em silêncio. Passar despercebida de vez em quando. Queria não ser tão interpretada. Ás vezes o que eu digo é só o que eu digo! Não tem entrelinhas... alias, eu odeio entrelinhas! Gosto das falas ditas assim, cruas, sem nenhum preparo... elas não me doem. Eu amo a sinceridade. Mesmo que doa um pouco, ela é sempre melhor, e se doer vai doer menos do que uma mentira. Eu não gosto de fingir. Não gosto de ter que ficar tentando entender ninguém...
As pessoas deviam aprender a sorrir sempre. Não fingidamente, mas sorrir pra vida. Porque convenhamos meus amigos: a vida é muito bonita, mesmo com todas as mazelas... é bonita, é bonita e é bonita.
Eu queria sair estendendo o dedo mindinho pras pessoas: "-Vamos fazer as pazes?"
Queria abraçar todos ao meu redor e agradecer por estarem ali de olhos e corações abertos pros meus devaneios...
Eu ando tão feliz...
Ando tão em mim.
Há um silêncio preenchendo minha alma. Volto meus olhos pra trás e sorrio diante do espelho.
Eu mudaria algumas coisas, mas não apagaria todas!
Assino contrato na quinta!
Agradeço ao Miro, que está em SP a dois anos e acha "isso que agente faz" uma coisa muito bonita, coisa que ele queria fazer, mas que a vida seguiu sem deixar... e ainda assim o Miro sorri e me oferece cafezinho e água, e não se acanha pra sorrir pra mim e dizer: "Fico tão feliz que agente encontrou alguém!". E eu fiquei feliz, fiquei feliz de ter sido encontrada, o sorriso dele me contagiou... Ah, eu adoro pessoas educadas, pessoas que não tem medo de sorrir pra completos desconhecidos. Eu sai daquele lugar sorrindo pra todo mundo! (minha barriga roncava, minha nuca parecia uma pedra de tão travada) Minhas costas estão travadas. Mas eu não consegui deixar de sorrir pro mundo. Mesmo pra moça da doceria que parecia querer me matar com os olhos... eu sorri. E continuo sorrindo.
Amanhã vou abraçar todos que conheço e com quem compartilho tantos sorrisos... e abraçarei até quem não mais me sorri com tanta vontade. Porque eu ainda sorrio... ainda solrio.

Flores brotam do asfalto de São Paulo nessa terça de junho.

"Voltamos a viver como há dez anos atrás. E a cada hora que passa envelhecemos dez semanas... Vamos lá, tudo bem! Eu só quero me divertir, esquecer dessa noite, ter um lugar legal prá ir... Já entregamos o alvo e a artilharia. Comparamos nossas vidas e esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar..."

Na vitrola: Teatro do Vampiros - Legião Urbana

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