sábado, 23 de outubro de 2010

Da minha fase filosofica...

Eu demorei o tempo certo do meu coração sarar pra voltar a viver com tudo que sou.
Penso onde estaria agora se não estivesse aqui, peço a minha própria mão pra que eu posso lê-la e vejo meu futuro passado - eu estaria aqui ao lado... Fica claro me lendo que eu estaria aqui ao lado. Disse que não sabia, mas fica claro nessas linhas que eu sabia... só negava pra mim mesma que sabia. As coisas poderiam ser completamente diferente do que são agora, mas elas são como são... E assim eu sou feliz.
Talvez a minha pressa em viver tenha alterado a ordem das coisas. (será?) Mas o curioso é que a minha pressa fez eu deixar meu caminho amornar também. Eu queria apressar então entrei em outra rua e me vi em um lugar completamente diferente, apressei e então freiei bruscamente, desacelerei e então fui atropelada. "As coisas acontecem como tem que acontecer".
A minha vida não cabe mesmo em planos, sempre acabo optando pelo caminho com mais curvas. É porque o vento nas curvas é muito mais intenso e eu descobri, vivendo, que não gosto de nada ameno. Quero sempre o que há de mais fantástico. Não gosto do morno - ou é quente ou é frio, o morno eu abdico.
Parafraseando Clarice Lispector: "Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos." 

"Eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro... acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso." (Marla de Queiroz)



Na vitrola: "Despedida / Depois do fim - Redimunho




Nenhum comentário:

Postar um comentário