quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Devaneios, dilúvios e diversidades - tudo solto na ordem do pensamento

É engraçado parar pra pensar na trajetória.
Onde andei pra chegar até aqui, os passos errados, os passos tortos, os passos belos, os passos que eram belos e ficaram tortos. É engraçado olhar pra trás e ver o que me trouxe aqui.
Hoje conversando com uma amiga chegamos juntas a conclusão de que: "ás vezes é preciso errar pra aprender".
Hoje tive um pedaço ocioso da minha tarde e o ócio me faz pensar...pensar... pensar...
Eu queria ter todo o meu tempo ocupado, até o ultimo minuto, então eu não pensaria em nada!
Eu não responderia nenhuma pergunta... só viveria. Viver é tão mais fácil que explicar!
Se eu pudesse - e meu dinheiro desse - eu iria morar num outro país, onde ninguém me conhecesse, onde eu pudesse ir onde quisesse, fazer o que eu quisesse... sem me preocupar com o que os outros vão pensar.
Eu detesto dar satisfações, acho um saco ter que ficar me contando. Parece que sou obrigada a refazer cada passo já dado. Nem me lembro de quando comecei a ser assim, mas desde que me conheço por gente conto só o que eu quero. Costumo reter uma parte pra mim e só pra mim.
Hoje pela manhã eu pensava: eu sei... não sei? Mas gostaria muito de não saber que suspeito que sei.
A pior coisa que se pode fazer comigo, para mim e por mim é me deixar pensar. Eu consigo tomar decisões drasticas com cinco minutos de pensamento.
Tenho a liderança nata, mas ás vezes tudo o que eu queria era abdicar dela.
Se olho pro lado penso: o que me despertaria?
O que me despertou?
O que adormeceu?
Será que estou desperta ou durmo ainda?
Eu sou estranha... mas já me acostumei a mim, sou uma boa companhia, inclusive pra mim mesma.
Hoje lendo Clarice Lispector eu ficava boquiaberta... Eu podia me ver em Joana e seus impetos, suas duvidas, sua enorme vontade de seguir e viajar, nem que seja dentro de si mesma.
Eu gosto tanto de ir longe sem sair de perto de mim.
Sou composta dos extremos e estou cada vez mais fiel a mim e aos meus impulsos.
Liguei um botão dentro de mim que é muito dificil desligar, chama-se: "Eu vou ser feliz, o resto decido depois".

Eu sou um turbilhão de pensamentos - pensação - pensAÇÃO - pensaSEMação...
Parafraseando Fernando Pessoa:
"Se eu me erro, ouvindo-me, e tenho que perguntar tantas vezes, a mim próprio, o que quis dizer, os outros quanto me não entenderão!"

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