domingo, 24 de abril de 2011

Eu (ela) sou ele, ele é ela (eu)

"Ela era doce, meiga. Ele a admirava.
Ela chorava. Ele suspirava.
Ela tinha disciplina e ele obsessão.
Ela sonhava e ele desacreditava.
Ela queria entender. Ele não entendia.
Ela argumentava o problema e ele criticava o argumento.
Ela temia a ausência dele,
Ele temia precisar dela.
Ela queria se perder com ele,
Ele queria se encontrar com ela.
Ela acordava pensando nele,
Ele dormia pensando nela.
O que ela sentia era imutável.
O que ele sentia era renovável.
Por nada ela surtava,
Por tudo ele se calava.
O olhar dela tinha declarações,
O olhar dele segundas intenções.
Se ela o desejava era drama,
Se ele a desejava era cama.
E conviviam das diferenças.
Eram do jeito deles. Únicos. 
Indecifráveis". 

(Michele S.B.)
 
 
 
Porque ele vai entender... que ele é ela, e ela é ele. No poema os nossos papeis estão trocados, nas nossas vidas os papeis estão encaixados!

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