sábado, 31 de outubro de 2009

Pensamentos soltos... meus e do Quintana

Sou um pássaro estranho...

"Todos estes que aí estão
Atravancando meu caminho
Eles passarão
Eu passarinho." (Mario Quintana)

"A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe" (Mario Quintana)







"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso" (Mario Quintana)


"Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca..." (Mario Quintana)


As vezes a vida é um saco... e o meu está cheio!


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meu fim de semana...

Assisti um espetáculo fantástico ontem: "A história de muitos amores" -
Comentário da revista Bravo sobre a montagem: 'O espetáculo dirigido por Ednaldo Freire conta a história de uma jovem que, ao ser contratada em um circo decadente, desperta uma disputa entre os artistas pelo seu amor. Inicia-se um jogo conduzido por sentimentos desmedidos e comportamentos patéticos. Texto de Domingos Oliveira, com Luciana Viacava, Edgar Campos (foto), entre outros. O espetáculo é uma realização da Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes, um dos mais importantes núcleos de pesquisa da arte clownesca. Preste atenção em como a encenação se utiliza de recursos da cultura erudita e popular. Trabalha com referências da commedia dell'arte, do folclore, da arte circense, do teatro de revista e do cinema mudo'
Meu comentário: Um espetáculo para rir, não escrachadamente, e se emocionar, não melodramáticamente. Eu amei tudo. É bom ver uma espetáculo tão lindo, com tanto estudo por trás e que aproxime as pessoas ainda assim.



Eu recomendo!!!

No sábado assisti: "Maria Stuart" - a peça é muto boa, mas confesso que não é o tipo de espetáculo que mais me atrai. Achei a peça longa demais, 3 horas e meia de duração, tudo bem que esse é um texto do Friedrich Schiller bem longo, mas a montagem ficou cansativa. E como se não bastasse a peça começas as 21h, quem não tem carro fica praticamente impedido de ir assistí-la. Assim que o espetáculo acabou sai correndo para o metrô. Cena absurdamente cômica presenciada pelas transeuntes que estavam na rua: sete pessoas correndo desesperadamente de madrugada.
Muitos dormiram durante a apresentação. Dos amigos que me acompanhavam, alguns começaram a dormir no primeiro ato, tudo bem que todos estavam cansados do dia longo na universidade, nesse sábado estavamos desde as 8h da manhã tendo aula, saímos de lá ás 17h.
E tem gente que ainda fala que Artes Cênicas é moleza... ai, ai viu.

Bom, voltando aos espetáculos que vi no fim de semana... Amei a peça da Fraternal, e gostei de "Maria Stuart" apesar dos pesares. Julia Lemmertz está simplesmente fantástica na montagem, e há também um ator, que infelizmente não sei o nome, que está super avontade em cena, dá gosto de vê-lo, ele deu um tom de brincadeira e leveza a montagem super séria. A Lemmertz e ele são o que há de melhor no espetáculo.  Na foto abaixo ele é o ultimo da direita. Pena não lembrar seu nome, mas quem me conhece sabe que não lembrar nomes é algo normal pra mim; tenho uma memória de peixe (sindrome de Dori)



Foi um fim de semana até que muito bom, mas ai vem a surpresa: acho que estou com catapora. É rídiculo. A essa altura do campeonato vou pegar catapora? Não peguei quando era pequena e meu sobrinho está com a bendita, ontem apareceram alguns pontinhos vermelhos em mim... Que saco. Tô zicada... rs.
Minha chefe me proibiu de ir à cena hoje. Parece que vou ficar de molho, pelo menos do Auto da barca do inferno, porque do Vereda (TCC) é impossível, estamos à praticamente uma semana da estréia... Veremos quem já teve a doença e quem ainda não. E fiquei sabendo ontem que a bendita catapora pode ser muito complicada quando pegada em fase adulta... Veremos... ai, ai.


Esse foi o ultimo fim semana de "Maria Stuart" no Sesc Anchieta, mas pra que quiser assistir ao espetáculo da Fraternal, fica aqui a recomendação:

A História de Muitos Amores ou Portobello Circo - Até 29 de novembro
Teatro do Sesi São Paulo - av. Paulista, 1.313, Cerqueira César, São Paulo
Informações pelo telefone 11/3284-9787
De quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Quinta e sexta, entrada franca. Sábado e domingo, R$ 10

domingo, 25 de outubro de 2009

"O luar, é a luz do Sol que está sonhando." (Mario Quintana)



"Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia... 
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..."

(Mário Quintana)



segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Dias de chuva...


Essa semana promete! Todos os dias estão repletos de atividades em prol do TCC.
Preciso não me stressar, reservar o máximo de energia que puder, me alimentar bem, dormir o máximo que puder, estudar...
Faltam 19 dias para estréia!
Meu corpo está pedindo um preparo melhor.
Minha mente está pedindo mais tranquilidade.
Quero me dedicar a mim por esses dias, esse é o meu processo!
Para me "enamorar" por esse trabalho preciso focar mais em mim, no meu desenvolvimento dentro do grupo. Gosto de me envolver em tudo, mas começo a perceber que talvez os motivos não sejam os melhores.
Estou aliviando minha mente. Como dizia um sábio ditado oriental: "Mente sã - corpo são".




Matéria de Poesia 
"Todas as coisas cujos valores podem ser disputados no cuspe à distância servem para poesia.

O homem que possui um pente e uma árvore serve para a poesia. Terreno de 10 por 20, sujo de mato, e os detritos que nele gorjeiam, como, por exemplo, latas, servem para poesia.

As coisas que levam a nada têm grande importância. Cada coisa ordinária é um elemento de estima; cada coisa sem préstimo tem seu lugar na poesia.

As coisas que não pretendem, como, por exemplo, pedras que cheiram água, homens que atravessam períodos de árvore, se prestam para poesia. Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma e que você não pode vender no mercado, como, por exemplo, o coração verde dos pássaros, serve para poesia.

Os loucos de água e estandarte servem demais para a poesia.

O traste é ótimo, o pobre-diabo é colosso. As pessoas desimportantes dão para a poesia.

Qualquer pessoa ou escada, o que é bom para o lixo é bom para a poesia. As coisas jogadas fora têm grande importância. Um homem jogado fora também é objeto de poesia. Aliás, saber qual o período médio que um homem jogado fora pode permanecer na terra sem nascerem em sua boca as raízes da escória também dá poesia!

Tudo aquilo que a nossa civilização rejeita, pisa e mija em cima, serve para poesia."


(Manoel de Barros)

domingo, 18 de outubro de 2009

Um milhão de coisas... (junte!)

Um milhão de coisas...


Sentido da existência? Há algum.
Eu pelo menos creio que sim, mas ainda fico rodopiando sobre possibilidades.
Quero ser util, quero fazer algo de bom. Grandemente bom. Mas o que?
Não sei qual será meu próximo passo. Nem sei em que direção caminhar. Tô meio perdida. Mas já percebi que preciso estar só, não quero continuar na posição que estou. Essas coisas não tem me satisfeito.
Mas o que eu quero fazer? Não sei!
Mas sei que esse "algo" tem que fazer sentido pra mim. Quero ter o prazer de acordar cedo, quero ter orgulho do que faço...
No sábado li o blog de um Dr. sem fronteiras, volta e meia o leio. É bom ver que existem pessoas por todo o mundo que não querem ficar apenas sentandas observando o mundo desabar em ruinas.
Me reanimei. Ainda quero ir longe. Ver que outros já foram me faz crer que é possível.
Sabe, cansei de ficar me escondendo, cansei de camuflar meus anseios. Quero mochilar sim, mas não é simplesmente isso. Quero fazer algo de util pro mundo. Não quero ser só mais uma. Quero fazer a diferença!!!!
Queria gritar um monte de coisas pro mundo.
Quando algo muito forte, e por vezes muito triste, acontece na sua vida, você desperta e percebe que tem coisas mais importantes do que só viver... Viver já é muita coisa, claro. Mas quero VIVER com toda força que puder, quero dar sentido a minha vida e não só simplesmente ir vivendo.
Quero existir e ter consciência disso. Quero existir por prazer e não por obrigação.
Volto a querer ter asas...
Volto a querer voar.

Passei muito tempo tentando estabelecer um lugar meu, tentando me adaptar. Depois passei um tempo tentando adaptar o lugar. Agora percebi que talvez o lugar não seja esse, por isso é tão difícil me adaptar, não sou desse espécie de borboletas, minha especie é mais rara, por isso me sinto sozinha... O que devo fazer é buscar meu lugarzinho no mundo.
Onde estão as borboletas que se parecem comigo? Não sei. Mas é pra lá que eu vou. Mas enquanto isso, fico aqui... Aprendendo um pouco mais sobre esse tipo que não é o meu, mas que tem na essência algo que se parece comigo: um dia todos fomos lagartas!



terça-feira, 6 de outubro de 2009


Ai... tá chegando ao fim.
Tem tanta coisa pra ser feita... começo a ficar com medo.
Quando olho as coisas com mais distanciamento percebo o quanto ganhamos nesse projeto. Mas ainda tem tanto a ser ganho...
T.C.C. dá trabalho, hein. Caramba, é muita coisa pra pouca gente.
Sempre que pensava nesse momento imaginava-nos correndo, mas não tanto. E quando falta chão?
Eu não sei como vai ser a mata.
Não acredito que tudo tenha que cair do céu, é bom também quando temos que criar a partir do nada. É fantástico quando as coisas vem como presentes de Deus pra gente, mas nem sempre as coisas são assim, então mãos à obra!!!
Me lembrei de Guararema... Acho que temos que voltar lá quando tudo terminar.
Aliás, como termina a história?
Genteeeeeee... tá acabando. Eu não quero que acabe e ao mesmo tempo quero muito.
Mas eu não sei como é que termina essa história ainda... Como termina a história???
Denise, como termina a história?
Cris, como termina a história?
Polly, como termina a história?
Júlia, como termina a história?
Nati, como termina a história?
Mollys, como termina a história?
Van, como termina a história?
Alê, como termina a história?
Gerson, como termina a história?
Gis, como termina a história?

Vereda, como termina essa história, se o tempo na verdade não parou?

Não sei.
Mas sei que quero cantar agora: "Encham de luz, encham de luz toda essa casa. De mão dadas, de bom grado deixa tudo abençoado!!! De mãos dadas, de bom grado, deixa tudo abençoado!" e quando terminar: "Valeu a pena, ee. Valeu a pena Ee."



Alumia!!!!!!


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

...


Ás vezes sinto falta da magia de alguns momentos da vida...

Queria sair pra ver o sol, andar sem sapatos na terra molhada, ouvir o barulhinho do mar, o som dos grilos, o cheiro da chuva, ver as borboletas pousando nas flores, ouvir o canto dos pássaros...
Preciso de férias.
Estou cansada.
Estou ficando stressada.
O pouco pra mim tem sido muito.
ai, ai...
Tem tanta coisa pela frente ainda.
Ontem percebi que só faltam quatro semanas pra estréia do TCC, que medo!!!! Tem tanta coisa pra ser feita ainda. O cansaço está me vencendo... preciso dormir.
Dormir... e sonhar...

Sonho que estou num campo florido e que tenho asas... Não sei pra onde vou, só sei que voo!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ser-me eu

Estou me auto treinando. Tenho andado mais em silêncio. Tentado ouvir mais do que falar. Ouvir mesmo.
Tem sido muito bom, confesso que ás vezes é dificil, mas vale muito a pena.
Tem tanta coisa torta na minha vida... tem tanta coisa torta no mundo...
Ficar em silêncio é bom pra ouvir os ruídos do seu coração, ás vezes ele não quer fazer algo e você o força.
Tenho me questionado muito. Mas tenho me perdoado também. Sei que sou humana e passivel de erros, mas não acho que isso seja uma justificativa para os meus erros. "Errar é humano", permanecer no erro é burrice.
A vida é um caminho difícil, mas muito bonito.
Tem encontros que potencializam nossa vida para muito melhor.
Olhar pra mim é uma boa alternativa quando não percebo algo que me chame no fora. Mas não é uma questão de egocentrismo, é uma questão de ponto de vista. Ás vezes me percebo tentando olhar com outros olhos.
Ufa, volto a ser eu.
Isso é que importa.

Vou me escrever assim na minha memória... desse jeito: estranho, informe, pensante, buscante, caminhante, meio errante, cantante, mas eu. E vou me escrever com caneta à tinta, porque aprendi que "caneta à tinta dura eternamente!"