Onde o encontro das coisas pode dar em outras coisas, pois aqui nem sempre o rio corre pra baixo...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Entrei na internet pra escrever sobre uma esperiência cênica e me perdi nas informações da rede.
Acho que ultimamente tenho tido dificuldade em me concentrar... E
Bom, vou tentar voltar ao fio da meada.
Ontem, apresentamos o Vereda dentro da instalação - Instalação cênica que criamos com as pistas de encenação logo no começo do nosso processo, quando já haviamos escolhido os textos para as montagens do TCC.
Experiência estranha... Foi metade bom e metade ruim pra mim. Me senti fora de casa. Pouco a vontade com o lugar novo, nunca havíamos feito a peça inteira ali. Mas teve também seu lado bom, aquilo me irritou muito na cena da morte da Jovina e descobri uma Germana ainda mais alucinada... Mas me perdi na sua mudança de opinião, não sabia o que fazer, fugi das sensações e corri pro texto. Me embananei toda e até troquei o nome da Dolor, na hora corrigi, mas de qualquer forma foi um engasgue. No "Alumia" isso me ajudou, queria subir logo, sair daquele lugar de uma vez por todas... E pra quem conhece o texto sabe o que isso significa.
Acho que ultimamente tenho tido dificuldade em me concentrar... E
Bom, vou tentar voltar ao fio da meada.
Ontem, apresentamos o Vereda dentro da instalação - Instalação cênica que criamos com as pistas de encenação logo no começo do nosso processo, quando já haviamos escolhido os textos para as montagens do TCC.
Experiência estranha... Foi metade bom e metade ruim pra mim. Me senti fora de casa. Pouco a vontade com o lugar novo, nunca havíamos feito a peça inteira ali. Mas teve também seu lado bom, aquilo me irritou muito na cena da morte da Jovina e descobri uma Germana ainda mais alucinada... Mas me perdi na sua mudança de opinião, não sabia o que fazer, fugi das sensações e corri pro texto. Me embananei toda e até troquei o nome da Dolor, na hora corrigi, mas de qualquer forma foi um engasgue. No "Alumia" isso me ajudou, queria subir logo, sair daquele lugar de uma vez por todas... E pra quem conhece o texto sabe o que isso significa.
Senti falta do Ambar, do calor, do peso do silêncio que antes tinha aquele lugar... Talvez por isso a experiência tenha sido metade ruim pra mim. Mas isso nossa orietadora também nos disse no final, e também levantou diretrizes novas para que a experiência se repetisse hoje com mais força para todos.
De uma forma ou de outra estou feliz; me vi de novo colocando-me diante desse processo... Estava me sentindo ausente (sei bem os motivos disso e ainda não acho que eles tenham sido sanados), ontem me vi de verdade enfrentando a situação, mesmo com todos os problemas (e ontem foram muitos) eu estava lutando para estar ali, em alguns momentos não consegui, mas posso dizer que morri (literalmente) tentando.
Ontem terminamos o dia com uma discussão acalorada e, no meu ponto de vista, meio sem sentido. Ânimos alterados, falas exasperadas e pouca paciência pra ouvir. Fiquei chateada... mas passou logo. Tudo na vida passa.
Ontem terminamos o dia com uma discussão acalorada e, no meu ponto de vista, meio sem sentido. Ânimos alterados, falas exasperadas e pouca paciência pra ouvir. Fiquei chateada... mas passou logo. Tudo na vida passa.
Tá acabando essa etapa... e nem sei como vai ser esse fim. Estou sem expectativas e isso, acreditem, é bom.
Sinto que bons ventos estão vindo bater em nossas asas. Nem sei se vamos continuar com esse trabalho, mas posso dizer de boca cheia que tudo isso VALEU A PENA!!!!
Ontem uma amiga muito querida veio me assistir, fazia quatro anos que não nos viamos, muita coisa mudou... Mas fiquei feliz em perceber que ainda a vejo com os mesmos olhos, olhos de muito amor. É bom ver que aquilo que vivemos ainda ecoa em mim com muita intensidade. É bom ver os amigos, mesmo que tudo em nós tenha mudado o que existia entre nós não mudou, permanece!
Paz-saro!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
"Esse é o meu processo"
Meu? É mesmo?
Tenho tantas coisas dentro de mim... elas pululam.
A Germana é dor. Ela é nada, não tem nada. E ama tudo que tem. Mas como se tem nada?
A Germana tem fé. E tem medo.
Talvez por ter medo é que tem fé.
Talvez porque tem fé é que tem medo.
A Gislaine tem medo, medo de não conseguir... de não ser capaz...
A Gislaine tem fé, fé em Deus! Mas ás vezes ela devia ter um pouco mais de fé nela, essa fé faz falta.
Tenho tantos medos, tantos choros contidos, tantas dores... Queria gritá-los, mas como diziz Quintana: "O pior dos nossos problemas é que ninguém tem nada a ver com eles"... ou coisa assim.
Hoje me vi sem chão e doeu. Me senti só... e doeu! Queria não ter que me sintir assim nunca mais, mas ás vezes acho que essa dor já faz parte de quem eu sou, nem devia doer mais de tanto que ela já está presente.
A dor nos mostra que ainda estamos vivos!
Esse é sim meu processo, meu processo de vida e a vida é também feita de dor e lágrimas. Ás vezes isso é bom, outras nem tanto...
Tenho tantas coisas dentro de mim... elas pululam.
A Germana é dor. Ela é nada, não tem nada. E ama tudo que tem. Mas como se tem nada?
A Germana tem fé. E tem medo.
Talvez por ter medo é que tem fé.
Talvez porque tem fé é que tem medo.
A Gislaine tem medo, medo de não conseguir... de não ser capaz...
A Gislaine tem fé, fé em Deus! Mas ás vezes ela devia ter um pouco mais de fé nela, essa fé faz falta.
Tenho tantos medos, tantos choros contidos, tantas dores... Queria gritá-los, mas como diziz Quintana: "O pior dos nossos problemas é que ninguém tem nada a ver com eles"... ou coisa assim.
Hoje me vi sem chão e doeu. Me senti só... e doeu! Queria não ter que me sintir assim nunca mais, mas ás vezes acho que essa dor já faz parte de quem eu sou, nem devia doer mais de tanto que ela já está presente.
A dor nos mostra que ainda estamos vivos!
Esse é sim meu processo, meu processo de vida e a vida é também feita de dor e lágrimas. Ás vezes isso é bom, outras nem tanto...
domingo, 8 de novembro de 2009
Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher?
"Que vai ser quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser Esquecer."
(Carlos Drummond de Andrade)
Andei pensando em muitas coisas... Em como eu cresci, como minha vida mudou, como eu mudei...
Hoje me peguei pensando o quanto queria ter alguém por perto, não falo necessáriamente do meu principe encatado, seria ótimo que fosse ele adimito, mas não é bem disso que estou falando... O que povoava meus pensamentos era ter alguém que compartilhasse a mesma sintonia que eu, sabe quando você olha pra alguém e seus olhos é que se comunicam, alguém para quem as palavras fossem desnecessárias.
Ando muito barulhenta, talvez porque esteja tentando me adaptar a situações diante das quais não estou confortável. Quando fico em silêncio tenho que ouvir meus pensamentos e ultimamente tenho tentado fugir deles...
Engraçado, já faz dias que paro diante da tela do computador para escrever aqui e nada sai, sempre que começo a escrever as palavras fogem de mim... Só agora entendo porque; quando escrevo descubro que sou, e nem sempre quero desvelar esse 'ser' que sou agora, nem sempre quero me olhar no espelho, ás vezes a imagem ali não me agrada.
Eu nem sei quem sou...
Isso me angustia.
Hoje um amigo me desejou um milhão de coisas, desejou que "eu tenha a quem amar e quando estiver bem cansada que ainda exista amor pra recomeçar". Eu desejo isso também, e ele nem sabe o quanto... Ás vezes me sinto bem cansada e tenho que descobrir em mim mesma as forçar pra recomeçar. Talvez esse post se deva a esse amigo... Hoje ele me sacudiu, sem saber, me fez me ver. Parei pra pensar de verdade, sem tentar fugir de mim e foi isso que fez minha palavras voltarem a sair... e minha lágrimas também. Não sou a garota durona que finjo ser. Ás vezes cansa segurar a barra de todo mundo, queria alguém pra segurar a minha.
Queria ter alguém por perto nesses momentos, bem perto, ao alcance de um abraço.
Ás vezes me sinto muito só... e ser só, ás vezes, dói mais do que eu posso suportar. Ai eu transbordo. Vejo um rio desaguar dos meu olhos, sem nem saber porque. Talvez porque nesses momentos sinto como se minha alma estivesse seca e árida, então meu espirito tenta hidratá-la. Ai eu durmo e de manhã, com o sol, as coisas sempre parecem melhores.
Tenho muitas faltas em mim... Mas acho que o que mais falta é não ter como partilhar o ser que sou quando me descubro assim... sendo eu.
Essa semana foi bem intensa...
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser Esquecer."
(Carlos Drummond de Andrade)
Andei pensando em muitas coisas... Em como eu cresci, como minha vida mudou, como eu mudei...
Hoje me peguei pensando o quanto queria ter alguém por perto, não falo necessáriamente do meu principe encatado, seria ótimo que fosse ele adimito, mas não é bem disso que estou falando... O que povoava meus pensamentos era ter alguém que compartilhasse a mesma sintonia que eu, sabe quando você olha pra alguém e seus olhos é que se comunicam, alguém para quem as palavras fossem desnecessárias.
Ando muito barulhenta, talvez porque esteja tentando me adaptar a situações diante das quais não estou confortável. Quando fico em silêncio tenho que ouvir meus pensamentos e ultimamente tenho tentado fugir deles...
Engraçado, já faz dias que paro diante da tela do computador para escrever aqui e nada sai, sempre que começo a escrever as palavras fogem de mim... Só agora entendo porque; quando escrevo descubro que sou, e nem sempre quero desvelar esse 'ser' que sou agora, nem sempre quero me olhar no espelho, ás vezes a imagem ali não me agrada.
Eu nem sei quem sou...
Isso me angustia.
Hoje um amigo me desejou um milhão de coisas, desejou que "eu tenha a quem amar e quando estiver bem cansada que ainda exista amor pra recomeçar". Eu desejo isso também, e ele nem sabe o quanto... Ás vezes me sinto bem cansada e tenho que descobrir em mim mesma as forçar pra recomeçar. Talvez esse post se deva a esse amigo... Hoje ele me sacudiu, sem saber, me fez me ver. Parei pra pensar de verdade, sem tentar fugir de mim e foi isso que fez minha palavras voltarem a sair... e minha lágrimas também. Não sou a garota durona que finjo ser. Ás vezes cansa segurar a barra de todo mundo, queria alguém pra segurar a minha.
Queria ter alguém por perto nesses momentos, bem perto, ao alcance de um abraço.
Ás vezes me sinto muito só... e ser só, ás vezes, dói mais do que eu posso suportar. Ai eu transbordo. Vejo um rio desaguar dos meu olhos, sem nem saber porque. Talvez porque nesses momentos sinto como se minha alma estivesse seca e árida, então meu espirito tenta hidratá-la. Ai eu durmo e de manhã, com o sol, as coisas sempre parecem melhores.
Tenho muitas faltas em mim... Mas acho que o que mais falta é não ter como partilhar o ser que sou quando me descubro assim... sendo eu.
Essa semana foi bem intensa...
Estreia do TCC, animos a flor da pele, um e-mail lindo de uma amigo, prova do ENADE, estudos para a prova final de História da arte, tudo isso somado ao cansaço acumulado de um ano inteiro... Ás vezes penso que vou explodir, e devo adimitir que em alguns momentos é uma idéia tentadora; explodir e virar algo leve pairando no ar, sem peso algum, ser só particula...
Ahhhh. Quero férias... num lugar distante onde o vento faça barulho ao passar e o sol seja visto sem nuvens cinzentas por perto.
Queria sair pra ir ver o mar...
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