sexta-feira, 23 de abril de 2010

Divagando divagar

Antes que alguém tente encontrar alguma lógica já aviso, nesse texto só há divagações... coisas soltas, muitas vezes sem ligação ou sentido (direção), mas é que foi tudo muito sentido (sentimento), por isso acabou vindo pra cá... Virou texto e alivou a tensão dessa que vos escreve



O músculo do braço direito pulsa sem parar... o olho esquerdo começa também. E eu não entendo. E até entendo. Sabe quando vc sente que começa a sentir o que não devia? Eu sei. Começo a ficar tensa. E o que controlo, meu corpo revela. Os musculos expõem.

Ontem fiquei pensando muito em: quem eu sou? Hoje, sou quem? E não sei!

Estou feliz. Isso é fato. Todos os dias de manhã quero sair dançando, pq eu estou onde eu queria estar, faço o que queria fazer. E quando paro pra olhar pra trás penso que devo ter uns 80 anos, porque minha vida parece um filme. Penso que queria estar também em outros lugares, mas me perguntou se eu deveria estar? Acredito em propósito divino e sei que cada pedra jogada no meu caminho me fez ir mais longe, mas ás vezes fico me perguntando o que eu fiz com tantas pedras... ai divago sobre (e sob) mim. Hoje ao olhar no espelho vi meu cabelo crescendo, lembrei que a dois anos atrás ele ia até minha cintura e lembrei do dia em que o cortei, ali no ombro, bem mais curto do que está. Pensei em como quero deixá-lo hoje.
Lembrei do Tita. Porque ele um dia me perguntou porque eu cortei, ele preferia grande. Nossa, como eu tenho lembrado do  Tita nesses dias. Estou com muita saudade dele. Pessoa que gosto de ter por perto, bem perto, rodeado pelos meus braços. Lembrei de todas as vezes em que nos abraçamos e ele parou pra ouvir meu coração enquanto eu ouvia sua respiração sincronizando com a minha. Sinto saudade dos abraços apertados e dos olhos fechados nele.
E meu braço direito volta a pulsar agora. Não entendo!
Acho que de tanto pensar nele, meus pensamentos o alcançaram e ele resolveu aparecer... ficou um convite no ar. Mas quando tudo se confirmar, prometo (a mim mesma) abraçá-lo muito forte e demoradamente.

Essa foi a semana da saudade, a semana da vontade, a semana dos sorrisos, a semana dos medos, a semana dos anseios, das questões, das conversas, da boa solidão... foi uma semana cheia, bem cheia. E meu braço ainda treme.
Tirei um auto retrato essa semana. Ai lembrei de uma professora da faculdade que me disse, meio profetizando, que dali a uns três anos eu ia me descobrir uma mulher linda... Porque ela sempre me dizia que eu não queria me ver assim, que devia ter medo ou que preferia não ser notada. Ai vi minha foto e pensei em quanto mudei, e em quanto me achei e em quanto ainda tenho que me achar e me aceitar e me assumir. Dizer pra mim que: eu sou eu e não existe nada igual. Gostei da foto. Achei estranha e bonita. Me achei ali.

Ao parar pra pensar agora, olhei pra cima e vi no mural acima de mim as fotos que tirei de Germana e a máscara que fiz no segundo ano da faculdade, aquela que o chico desenhou e eu pintei... (é uma máscara de rosto todo - é uma palhaça de olhos verdes e bochechas rosadas - sou eu, vista por mim e pelo chico).
Ai vem outra saudade, e essa eu não posso suprir.

Saudade é uma coisa tão louca não é? Essa semana falei com uns cinco amigos diferentes sobre encontro. Quero encontrar todos, abarcar todos em minha vida. Não queiro deixar ninguém de fora.
Sinto saudade da Denise, da Leila, da Tássia, da Lígia, da Laís, da Marcellita e da Xúlia. E sinto saudade do Jeff, do Rodrigo, do BÊ-rnardo, do Tita e do Thiago. Sinto muita saudade desses velhos amigos tão presentes (mesmo na ausencia). E quero matar a saudade.
Saudade dói, né? Mas é bom, porque agente só sente saudade do que é bom. Do que nos fez bem. E muita gente me fez bem nesse trajeto de vida.



Essa semana (que virá) quero matar algumas saudades... E quero pensar mais, me entender mais, me perguntar mais. Me impulsionar mais!


Parafraseando Alberto Caeiro, ainda ouso me descrever assim:

"O meu olhar é nitido como um girrassol
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando pra direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança, se ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo..."



http://www.fotolog.com.br/gispereira

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