Mãos se encontram em meio a toda palhaçada.
E a manhã segue... a vida segue
Todos seguem?
Não mais.
O trem se aproxima e eu digo que vou.
E a manhã segue... a vida segue
Todos seguem?
Não mais.
O trem se aproxima e eu digo que vou.
-Não vai, não.
-Eu vou.
-Tá bom, vai.
-Não vou... to só fazendo doce.
E... o trem vai... e eu nem vi ele indo.
Hum... cheiro de chocolate, desodorante de chocolate.
E nem tem graça falar aqui o que eu queria dizer, você vai ler!
(Tem coisa que agente não quer dizer, alias até quer. Mas quer primeiro dizer-se. Se dizer.)
E tudo treme - movimento involuntário em um ato voluntariosamente voluntário... vai entender...
Outro trem vem e eu vou, mesmo querendo não ter visto esse chegar.
Não consigo ler o livro da bolsa - Monsieur Poirot que espere.
Passa um tempo o telefone toca - engraçadinho!
Chego em casa... quanta coisa pra fazer.
Tem dias em que o dia tinha que parar pra gente poder ficar só ali,
sem ter que fazer mais nada...
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