quinta-feira, 27 de junho de 2013

Dois cafés e bolo... com calda de chocolate, por favor!

A boca treme, o coração dispara...

Mordo!

-Oi
-Oi!
-Comporte-se!
-To tentando!

Sei lá o que bate ali que bate aqui que faz essa bagunça toda!
Mas faz um bem que nem um outro balsamo faz!
É de cantarolar no meio da rua! É de dançar... Já que me faz dançar no meio da rua!
É tão leve que vamos levando... até perder a hora, tem sempre um de nós que sai atrasado!
É de me provocar com mordidas e beliscões. É de me olhar e sorrir como se eu estivesse fazendo algo incrível, quando eu só estou ali parada. É de me fazer rir porque ri com os olhos ao me olhar.
Engraçado, a gente se comunica nessa besteira de criança... Se mordo pra irritar, você gosta! Se me aperta pra me irritar, não irrita de jeito nenhum!

A fila do café é uma eternidade... E olhar o bolo mais de perto é pretexto pros braços se encontrarem. As bocas... não! Ai, nem os olhos podem se cruzar nessa hora. Há promessas a serem cumpridas. Contentamo-nos em mãos dadas e pequenas provocações.

O café chega, o bolo chega.
Rio. Ri. Rimos!

-Tá rindo do que?
-De nada. Posso rir não?
-Pode. Mas por que?
-Porque estou feliz. Porque sou feliz. Aqui! Assim!

Desenha coração no bolo. Meleca a mesa toda. Faz farra com a comida, com o café.
Faz farra em mim, nos meus sentimentos, nas minhas sensações.
É sempre tão leve, tão flutuante que fica difícil não ser feliz ali!
E o beijo vem... Quebrando tudo, promessas, tensões, barreiras...

-Ai... Não consegui!
-Desculpe!
-Não foi você, fui eu. Eu não consigo me controlar perto de você. É mais forte que eu.
-É reciproco. Sempre foi, né? E é de novo!
-Ai ai... Ta vendo, é por isso que eu fugia. Se eu te encontrar, quero te pegar!
-Foge não!





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